sábado, 8 de agosto de 2009

Jornalista de Rio Espera concorre a prêmio internacional

Jornalista Ricardo Miranda (a direita) entrevista o ex-Presidente Itamar Franco


Os jornalistas Daniela Arbex, Táscia Souza e Ricardo Miranda (de Rio Espera) concorrem ao principal prêmio de jornalismo investigativo da América Latina com a série de reportagens sobre o “Caso Koji publicada pelo jornal Tribuna de Minas, de Juiz de Fora.

Os três estarão em Lima, no Peru, entre os dias 15 e 18 de agosto, para apresentar um painel sobre a série de reportagens, na Conferência Latinoamericana de Jornalismo Investigativo. No evento, serão anunciados os vencedores do prêmio de melhor investigação de casos de corrupção da América Latina e Caribe.

O Prêmio Ipys é uma iniciativa da Transparency International, organização que lidera
mundialmente a luta anticorrupção, por meio de seus colaboradores na América Latina e no Caribe (Tilac), e do Instituto Prensa y Sociedad (Ipys), prestigiada sociedade de jornalistas latino-americanos independentes com sede em Lima, no Peru.


O projeto é também apoiado pelo Open Society Institute, com sede em Nova York, que aporta os fundos para o prêmio, que visa estimular o jornalismo investigativo. De acordo com as organizações envolvidas, o jornalismo latino-americano tem contribuído para o conhecimento de importantes processos de corrupção nos países da região, onde o aproveitamento privado dos recursos públicos continua sendo um fenômeno crescente, de acordo com os estudos especializados.

O “Caso Koji”


A série foi publicada entre julho e outubro de 2008. As matérias desvendaram esquema milionário envolvendo a empresa Koji Empreendimentos e Construtora Ltda, que era ligada ao presidente da Câmara de Vereadores, Vicentão (PTB), e venceu processos licitatórios da Prefeitura de Juiz de Fora. Também foram apontados descumprimentos de exigências contratuais, o beneficiamento da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Prefeitura de Juiz de Fora e o funcionamento do esquema mantido por laranjas.

As denúncias culminaram na renúncia de Vicentão, na exoneração do presidente da CPL e de 17 pessoas que tinham cargos na Câmara. Para Ricardo Miranda, que esteve à frente da repercussão política e também do levantamento de provas, o resultado foi positivo. “Em política, dizem muito que denúncias não dão em nada. Esta matéria mostra como as coisas podem ser diferentes.”

Fonte: Blog de Rio Espera

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